Por Bianca Kirschner e Manoel Fernandes Neto
A ação implementada no Halloween pela plataforma Conexão Alimentar revela, em certa medida, como podemos dialogar com jovens e familiares sobre alergias alimentares. Ao adotar uma festa que cada vez mais se espalha pelo Brasil e fazer dela uma ferramenta de informação e conhecimento, conseguimos mais uma vez demonstrar que existe vida além dos infortúnios e preocupações de famílias que convivem com alergia, severas ou não.
Ninguém tem alergia alimentar porque escolheu ou por outro motivo. Alergias alimentares são sim um tipo de “dor”, de desconforto com um dos aspectos mais importantes da existência. Através de tempos imemoriais, refeições em grupo são uma forma de integração, de comunicação e socialização. O que dizer para aqueles que convivem com esse estado, crianças principalmente, que absolutamente tudo em relação às refeições deve ser feito em um estado de alerta, atenção e prevenção?
Ao aproveitarmos aspectos do cotidiano infantil em grupo para enviar essa resposta, estamos dialogando com todos e formando novas gerações conscientes da inclusão de alérgicos.
A partir do momento em que o Conexão coordenou um grupo para a pintura das abóboras, abraçamos a instrução e a educação. Respostas a perguntas simples sobre o por quê da atividade auxiliam fortemente a convivência entre alérgicos e não alérgicos em vários ambientes, como escolas, passeios, festas. Isso também se aplica a portas decoradas, como a da Raquel Rodarte. Incluir é viver as situações sem medo e com criatividade.
Sim, podemos conviver com alergias alimentares de uma forma construtiva e sadia nos estabelecimentos, como nos mostrou Flávia Ribeiro com a experiência fraterna e inclusiva demonstrada por um hotel, bem como em festas e comemorações em que a criança é o foco, como o Halloween .
Incluir usando a criatividade deve fazer parte do cardápio de pais, professores, empresários e empreendedores.
Sigamos juntos.