Glossário Conexão Alimentar

Adrenalina – também chamada de epinefrina, a adrenalina é um hormônio naturalmente produzido no nosso organismo. Sua função é preparar o corpo para enfrentar situações de luta ou fuga, por isso ela age no sistema cardiovascular, aumentando os batimentos cardíacos, acelerando o fluxo sanguíneo para os músculos e abrindo os brônquios pulmonares.

A adrenalina sintética é usada como medicamento no tratamento de reações anafiláticas, que são reações alérgicas graves.

APLV – sigla que significa Alergia à Proteína do Leite de Vaca.

Alérgeno – substância capaz de provocar reações alérgicas em pessoas sensibilizadas, ou seja, pessoas cujo sistema imunológico reconhece a substância como “estranha”.

Alergia – reação exagerada do sistema imunológico contra um alérgeno.

A alergia ocorre em pessoas que tenham predisposição genética para desenvolver esse tipo de reação.

Alergista – médico especializado em tratar doenças alérgicas. Também pode ser chamado de alergologista.

Anafilaxia – reação alérgica grave que progride rapidamente e pode provocar a morte. As reações anafiláticas podem envolver dois ou mais sistemas do organismo (cutâneo, respiratório, gastrointestinal ou cardiovascular).

Anti-histamínico – medicamento usado para reduzir ou eliminar os efeitos da histamina no organismo.

Histamina – substância produzida naturalmente pelo organismo, que exerce diferentes funções. Nas reações alérgicas a histamina é liberada em quantidade excessiva provocando sintomas tais como edema (inchaço), vermelhidão, coceira, espirros, coriza nasal, nariz entupido, olhos lacrimejantes, dificuldade para respirar, entre outros sintomas.

Caneta de adrenalina – dispositivo usado para injetar rapidamente adrenalina no músculo de alguém que esteja tendo uma reação anafilática.

Choque anafilático – reação alérgica grave, de evolução rápida, envolvendo o sistema cardiovascular.

Quando a anafilaxia afeta o sistema cardiovascular ocorre queda da pressão arterial (hipotensão), o que pode causar tontura, desmaio com perda da consciência ou até mesmo parada cardíaca, podendo ser fatal.

Contato cruzado – quando um alimento entra em contato com outro de forma não intencional, durante seu processamento, preparo, armazenamento ou distribuição, como por exemplo através de equipamentos ou utensílios mal lavados ou pelas mãos mal lavadas.

Desensibilizaçāo – pode ser definida como um estado de falta de resposta a um alérgeno, ou seja, a capacidade de consumir uma certa quantidade do alimento sem ter reação. Esse estado de falta de resposta é temporário e depende da continuidade do tratamento. Quando o paciente interrompe o tratamento aumenta a chance de ele voltar a ter reações. A dessensibilização é diferente da aquisição de tolerância natural.

Edema de glote – inchaço na região da garganta, podendo obstruir a passagem de ar para os pulmões. Também chamado de angioedema de laringe, o edema de glote é um sintoma que pode ocorrer em reações alérgicas graves.

Epi pen – nome comercial de um tipo de caneta de adrenalina.

Epinefrina – o mesmo que adrenalina.

IgE – abreviação de imunoglobulina E, um anticorpo que participa de alguns tipos de reações alérgicas.

IgE mediado – tipo de alergia que envolve o anticorpo imunoglobulina E.

não IgE mediado – tipo de alergia que não envolve o anticorpo imunoglobulina E.

Intolerância – reação adversa a alimentos, que não envolve o sistema imunológico.

Lactose – carboidrato presente nos leites e derivados. É um dissacarídeo, formado por dois monossacarídeos, a glicose e a galactose.

A lactose precisa ser quebrada, dando origem à glicose e a galactose para que esses carboidratos sejam absorvidos pelo nosso intestino. Quando a lactose não é “quebrada” (digerida) ela acaba sendo fermentada pelas bactérias do nosso intestino.

Imunoterapia oral – forma de tratamento usada para induzir o paciente à dessensibilização. O tratatamento serve para re-educar o sistema imune de pacientes alérgicos, buscando fazer com que a pessoa consiga tolerar certa quantidade de alimento, sem apresentar reação.

É indicado apenas em casos de alergia alimentar persistente, associada a reações graves, como a anafilaxia.

Teste de Provocação Oral (TPO) – teste realizado para confirmar ou excluir o diagnóstico de alergia alimentar. É quando o indivíduo com suspeita de alergia alimentar, consome o alimento supostamente alergênico, sob supervisão médica, a fim de se observar se a pessoa apresentará ou não reações.

Reaçāo alérgica – reação exagerada do sistema imunológico contra um alérgeno.

Reaçāo bifásica – reação anafilática que ocorre em dois momentos. Em uma fase inicial ocorrem as manifestações alérgicas, depois há um período livre de sinais e sintomas e em um segundo momento as manifestações voltam a ocorrer mesmo sem que haja nova exposição ao alérgeno.

Sensibilização alérgica – é quando o sistema imune reconhece pela primeira vez uma substância com alergênica e deixa o corpo preparado para reagir em uma próxima exposição ao alérgeno.

Sistema imunológico – conjunto de órgãos, tecidos e células responsáveis por defender o nosso corpo de microorganismos invasores e substâncias estranhas.

Raquel Bicudo Mendonça
Nutricionista
Doutora em Ciências Aplicadas à Pediatria pela Unifesp
Professora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera