Bia Figueiredo
@mamaealergia
Já vi muitas mamães aqui afirmando isso ou se questionando sobre esse assunto. Eu, particularmente, resolvi não carregar essa culpa e acho que esse é o caminho! Não adianta pensarmos o que poderia ter sido feito ou evitado, o que importa é o presente e focarmos em como podemos encontrar a melhor forma de lidar com as nossas lutas alérgicas diárias!
Encontrei um estudo sobre a “Relação entre resposta imunológica ao alimento na vida intrauterina e alergia alimentar”, feito pela Dra. Ivania Patrícia Cansi, que concluiu:
1) Não há evidências consistentes de que a exclusão de alimentos durante a gestação (incluindo leite de vaca e ovos) exerça efeito protetor contra o desenvolvimento da alergia atópica em lactentes 46;
2) Nenhuma restrição durante a gestação é necessária, salvo quando a mãe apresentar algum tipo de resposta alérgica. Se houver história de atopia ou alergia na mãe ou em membros da família, deve-se evitar alimentos como amendoim, nozes, peixe e ovos, principalmente nos últimos três meses da gestação;
3) Para que haja tolerância às proteínas alergênicas, não se deve privar a gestante de consumir nenhum alimento, salvo em caso de histórico de atopia; deve-se sempre lembrar da individualidade bioquímica, um dos pilares da nutrição funcional;
4) O plano alimentar durante a gestação deve ser bem equilibrado, composto de diversos nutrientes, pois os estudos demonstram que a exposição aos antígenos no início da vida é necessária para o desenvolvimento da tolerância imunológica da criança;
5) A restrição materna durante a gestação não deve ser recomendada como forma de prevenção às doenças alérgicas em crianças: não há consistência de que a restrição possa trazer benefícios;
6) Alimentos e nutrientes são imunomoduladores na vida intrauterina para prevenção de doenças. O mais importante é a inclusão variada. .
Converse sempre com seu médico e não se preocupe com a causa e sim com o caminho a ser percorrido! Mais leveza para todas nós!