Dra. Ana Carolina Rozalem
@dra.anacarolinarozalem
Menor diversidade alimentar durante o primeiro ano de vida pode aumentar o risco de asma e doenças alérgicas na infância?
Resultados atuais apontam que a exposição a diversos alimentos na infância precoce pode facilitar o desenvolvimento de tolerância imunológica. Isso acontece porque uma dieta variada e saudável é rica em substâncias antioxidantes e favorecem o desenvolvimento de uma microbiota diversa e abundante!
Isto é: cocô saudável, alergias pra longe.
Juntamente a introdução *oportuna* de alimentos complementares, a elevada diversidade alimentar durante a infância pode ser igualmente vantajosa.
Sobre a introdução alimentar, o alerta é que a exclusão de alimentos por tempo prolongado pode na verdade aumentar o risco de alergia.
Já a diversidade alimentar tem efeito protetor sobre a sensibilidade à substâncias, mas nem sempre é capaz de impedir o aparecimento das alergias alimentares, que dependem de outros fatores para acontecer. Amendoim, ovo, leite de vaca, castanhas e frutos do mar podem ser apresentados à criança junto com os outros alimentos como arroz, frutas e vegetais. A expansão do cardápio deve preferencialmente começar aos seis meses de vida, com o fim da fase de aleitamento materno exclusivo.
O leite da mãe fornece anticorpos necessários ao sistema imune do bebê, por isso pode prevenir o aparecimento de sintomas de alergia. Ainda não há consenso se ele por si só é capaz de evitar alergias específicas, como a do leite de vaca, mas alguns estudos também indicam uma proteção neste sentido. Leite materno não tem substituto!
Já as fórmulas lácteas de soja ou hidrolisadas, embora sejam úteis a bebês já diagnosticados com alergia à proteína do leite, não têm papel preventivo e não devem ser dadas com esse fim mesmo a crianças de alto risco. O ideal é conversar com o médico sobre o assunto!
Como eu sempre digo: o bom senso é o pai da sabedoria! Aleitamento materno, alimentação natural e diversificada só apresentam benefícios!