
Nahara Leite Ribeiro e Anita Leite Ribeiro.
Alergia a castanhas e nozes, Piracicaba, SP
@nah_ribeiropsico
A alergia surgiu em nossas vidas aos poucos. Sem diagnóstico e informação, eu me sentia perdida e desamparada: entender a diferença entre dermatite atópica e de contato, alergia alimentar, anafilaxia e depois a esofagite eosinofilica.
Me desesperei com a anafilaxia. Como mãe solo, precisava estudar e ter uma rede de apoio. Participei de grupos com pais de filhos alérgicos, consultamos médicos competentes e empáticos. Neste ponto as redes sociais e grupos de Whatsapp me ajudaram. Gosto quando sou procurada para ajudar outras famílias: às vezes uma orientação, outras, o acolhimento.
Necessitar do entendimento sobre alergias me gerou uma culpa profunda. Hoje com informações corretas sinto que poderia ter feito mais na primeira infância de Anita.
Foi desafiador incluir endoscopias, exames de sangue, teste de TPO e adaptação ao uso do imunobiológico. Uma caminhada de cumplicidade com a minha pequena Nitinha e, confesso, grandes ansiedades.
Anita foi crescendo e se tornando mais independente ao ler rótulos e aceitar tratamentos. Estamos vencendo!
O aprendizado desta caminhada é lidar com calma em situações de emergência. Me emociono também com a compreensão e ajuda de nossos amigos, família e coleguinhas dela, que se preocupam com os alimentos que ela pode ingerir de maneira segura.
Nossa caminhada é longa; precisamos conscientizar a sociedade para maior inclusão. Precisamos ter o coração aberto para orientar os pais que passam pelo que já passei.