Reflexões sobre a vida social do alérgico, por Bianca Kirschner

Bianca Kirschner

Nas últimas semanas mudamos um pouco nossa exigência de somente sair em família e incluir refeições fora de casa quando encontramos lugares que atendem alérgicos alimentares de forma segura.

Passamos a ter uma abordagem mais real para o momento atual. Como atualmente não conhecemos opções seguras dentro do nosso paladar que atende adequadamente as restrições do Lucas, estamos saindo com as marmitas para os meninos. O Felipe, mesmo não alérgico, prefere a comida de casa.

Isso de levar a marmita provavelmente me incomoda mais do que ao Lucas. Lucas fica feliz que pode pedir um suco de laranja, uma limonada ou, nos finais de semana, temos permitido uma sprite.

Eu luto pelo direito dele passear e ter a real experiência de comer fora de casa, com direito a escolher no menu o que ele quer comer. Tanto nos EUA quanto no Brasil já conhecemos alguns lugares assim, onde há opções para ele; então muitas vezes fazemos passeios planejando parar nesses estabelecimentos. Aqui em Hong Kong ainda não é assim. E estávamos deixando de passear devido a isso.

Algumas semanas atrás, começamos a sair durante o dia e mais recentemente a noite, para jantar, pois os meninos também merecem conhecer a vida a noite.

Temos saído para ver as luzes de natal e Felipe, nosso filho menor, tem se surpreendido com a vela acessa na mesa, com o tamanho de alguns menus.

Mais uma vez, temos que refletir e tentar amenizar o fato de que as alergias alimentares impactam a vida social do alérgico, dos seus pais e também dos seus irmãos não alérgicos.

Com planejamento temos que tentar permitir todas as experiências possíveis de como seria uma vida sem alergias.

Como você convive com a saída para restaurantes?

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