Por Bianca Kirschner
Semana passada, acompanhamos algumas notícias sobre uma estudante que viralizou com um vídeo no Tiktok sobre sua reação alérgica a camarão.
Alguns comentários e artigos sobre o ocorrido me deixaram bastante triste,
pois enfatizam o quanto ainda temos que conversar sobre alergias alimentares e reações alérgicas.
Na minha visão, perdemos mais uma grande oportunidade de mostrar para o Brasil inteiro que reações alérgicas severas existem, não são “mimimi” e que podem ser fatais.
A imprensa não enfatizou que um dos medicamentos que a estudante tomou na emergência, a Epinefrina, pode ser carregado por todos que já possuem o diagnóstico de alergias alimentares severas, mas que no Brasil ainda não é comercializado.
Faltou, na minha opinião, uma visão mais séria do noticiário sobre a nossa comunidade e nossos desafios. Somos ignorados a cada ocorrência, grave ou não.
Outro aspecto ignorado foi algo que sempre comentamos: mesmo que você passe uma vida sem alergias alimentares, ela pode surgir de repente, como no caso desta jovem, que sempre comeu camarão sem nenhuma consequência.
O noticiário geral focou no sensacionalismo, não na informação. Parece que alergias alimentares só servem para trazer “curtidas” e “cliques”, não para esclarecer.
Seguimos torcendo para que casos assim sejam socorridos com seriedade e rapidez nas emergências Brasil afora.
E continuaremos atentos. Esclarecendo diversos aspectos sobre as alergias alimentares.
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