Por mais esclarecimentos a cada caso de urgência de alergias alimentares, por Bianca Kirschner

Por Bianca Kirschner

Semana passada, acompanhamos algumas notícias sobre uma estudante que viralizou com um vídeo no Tiktok sobre sua reação alérgica a camarão.

Alguns comentários e artigos sobre o ocorrido me deixaram bastante triste,
pois enfatizam o quanto ainda temos que conversar sobre alergias alimentares e reações alérgicas.

Na minha visão, perdemos mais uma grande oportunidade de mostrar para o Brasil inteiro que reações alérgicas severas existem, não são “mimimi” e que podem ser fatais.

A imprensa não enfatizou que um dos medicamentos que a estudante tomou na emergência, a Epinefrina, pode ser carregado por todos que já possuem o diagnóstico de alergias alimentares severas, mas que no Brasil ainda não é comercializado.

Faltou, na minha opinião, uma visão mais séria do noticiário sobre a nossa comunidade e nossos desafios. Somos ignorados a cada ocorrência, grave ou não.

Outro aspecto ignorado foi algo que sempre comentamos: mesmo que você passe uma vida sem alergias alimentares, ela pode surgir de repente, como no caso desta jovem, que sempre comeu camarão sem nenhuma consequência.

O noticiário geral focou no sensacionalismo, não na informação. Parece que alergias alimentares só servem para trazer “curtidas” e “cliques”, não para esclarecer.

Seguimos torcendo para que casos assim sejam socorridos com seriedade e rapidez nas emergências Brasil afora.

E continuaremos atentos. Esclarecendo diversos aspectos sobre as alergias alimentares.

AS NOTÍCIAS

https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2022/06/15/estudante-fica-irreconhecivel-apos-alergia-a-camarao-achei-que-ia-morrer.htm

https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2022/06/15/estudante-tem-forte-alergia-apos-comer-camarao-reacao-pode-levar-a-morte.htm