Jundiaí – SP: Mais de 400 crianças lutam contra a restrição alimentar

O número de crianças com restrição alimentar na rede pública de ensino tem aumentado. De acordo com o Departamento de Alimentação e Nutrição da Unidade de Gestão de Educação (UGE), em 2018, 383 alunos da rede municipal de Jundiaí necessitavam de alimentação diferenciada. Em 2019 este número subiu para 420, taxa que representa um aumento de 9,6% no período. Este ano o número ainda não foi contabilizado.

A professora Lígia Maria Canalle Barros, de 32 anos, é mãe do pequeno Luis Miguel Canalle, de 3 anos, que desde seu primeiro ano de vida tem que lidar com a alergia ao ovo, a produtos industrializados e a grãos como feijão, lentilha e ervilha. “No começo foi muito difícil. A escola não tinha nenhum caso de restrição alimentar. Fomos chamados pelo Departamento de Nutrição da Prefeitura e falamos sobre os sintomas dele e o que poderia ser feito a respeito”, relembra a mãe.

Entretanto, o respaldo com essas crianças tem crescido junto às estatísticas. A diretora do Departamento de Alimentação e Nutrição da Unidade de Gestão Escolar, Maria Ângela Delgado, conta que tudo se trata de uma questão de mudança de cultura. “Isso vai muito além de evitar a alergia. É sobre entender as vulnerabilidades da criança. Estamos melhorando o fluxo do atendimento na alimentação escolar, envolvendo não só os pais, como também os professores e diretores da rede pública”, explica.

Juliana Bagne, de 36 anos, é mãe da Larissa Bagne, de 1 ano e 6 meses, que sofre com intolerância a banana, amendoim e à proteína do leite de vaca. Por conta disso, mesmo tão nova ela já necessita de uma alimentação diferenciada. “Quando ela entrou na creche, nós já tínhamos conhecimento deste problema, então nos reunimos com os responsáveis para alinharmos como seria a alimentação da Larissa. Hoje vejo que ela se adaptou muito bem”, conta a mãe, falando que a banana nos intervalos da merenda já não é um problema para a filha.

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