De desinformação à mobilização: o poder das redes sociais na conscientização sobre alergias alimentares

Bianca Kirschner

Neste fim de semana, participei pela terceira vez do evento da FARE (Food Allergy Research & Education) chamado de OCTOBERFARE – 2025 FARE Food Allergy Summit @foodallergy — um dos poucos espaços que reúnem famílias, pacientes, profissionais de saúde e empresas em torno de um mesmo propósito: aprender e compartilhar o que há de mais atual sobre alergias alimentares.

Trabalhar com comunicação dentro dessa comunidade é uma grande responsabilidade — exige estudo, empatia e compromisso com a informação correta.

Minha manhã de sábado começou de forma inspiradora, assistindo à palestra do Dr. Zachary Rubin @rubin_allergy, pediatra e alergista, 1.2M seguidores no Instagram com o tema “De desinformação à mobilização: aproveitando as redes sociais para ampliar a conscientização sobre alergias alimentares.”

Ele apresentou uma pesquisa que analisou os 300 vídeos mais assistidos no YouTube sobre o tema — e os resultados mostram o tamanho do desafio:

– 26% dos vídeos vêm de fontes de medicina alternativa, promovendo métodos sem comprovação científica.
– São citados tratamentos como jejum, ioga, ayurveda e musgo marinho, e testes controversos como o IgG.
– Apenas vídeos de sociedades profissionais apresentaram alta qualidade educativa.

Conclusão: ainda há muita desinformação circulando, o que reforça a importância de produzirmos conteúdo confiável, baseado em evidências e que realmente ajude quem vive com alergias alimentares.

Informação de qualidade salva vidas — e comunicar com responsabilidade é uma forma poderosa de cuidar.

Fonte: — Reddy et al., YouTube and Food Allergy: An Appraisal of the Educational Quality of Information (Pediatric Allergy & Immunology, 2018)