Transparência para o caso da retirada de passageiro alérgico do avião

Bianca Kirschner

Quando surge uma situação emergencial com alergias alimentares, é essencial que façamos uma reflexão e ao mesmo tempo exercitemos o nosso ativismo social. Compreender e tentar evitar que isso ocorra novamente é nosso principal propósito.

O caso da família que foi retirada de um voo da empresa Azul em virtude da filha ser alérgica severa a amendoim é exemplar. O episódio ocorreu em Janeiro/23 no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, em um voo com destino a Governador Valadares, cidade do interior de Minas Gerais. A notícia foi amplamente divulgada.

O que interessa, agora, é que devemos exigir esclarecimentos à empresa Azul sobre alguns aspectos, a saber:

O que ocorreu no dia e qual a posição da empresa em relação ao episódio?

Existem protocolos para alergias alimentares na empresa em voos domésticos?

Quais as atitudes que a empresa pode tomar para a inclusão da comunidade de alérgicos alimentares a seus familiares, para que casos como esses não voltem a ocorrer?

Estar atento é essencial. A alergia alimentar é uma condição médica e, como tal, as pessoas nessa condição possuem os mesmo direitos de outras pessoas.

Alérgicos alimentares devem ter a liberdade de se locomoverem da forma que acharem mais adequada. Mais importante: ter todas as informações em relação a cada espaço que ocupar.

Já passou da hora das empresas aéreas e também aeroportos, restaurantes, estabelecimentos etc. estarem preparados para lidar com essas situações, principalmente de forma preventiva.

Faz-se urgente que nossos legisladores possam criar leis que nos tragam tranquilidade de ir e vir com alergias alimentares.

Os episódios se multiplicam. A mobilização da comunidade pode e deve fazer a diferença.