Tive uma anafilaxia. E agora?

A anafilaxia é uma reação grave de hipersensibilidade, ou seja, coisas comuns, que em indivíduos não alérgicos não causariam praticamente nada, naqueles que têm essa hipersensibilidade ocasionam reação grave em pessoas hipersensíveis, com manchas e inchaço no corpo, edema de glote, fechamento das vias respiratórias, queda da pressão arterial e até
morte.

Isso pode acontecer com qualquer um?

Infelizmente sim. Claro que as pessoas que já apresentam outras alergias, como asma, rinite e dermatite atópica, são mais propensas a ter anafilaxia. Mas não é uma condição absolutamente necessária. Muita gente que nunca teve nada relacionado à alergia pode ter uma crise anafilática.

Qualquer coisa pode ocasionar anafilaxia?

Teoricamente, qualquer substância, especialmente uma proteína, pode se comportar como um alérgeno (substância causadora de alergia). Entretanto, na prática vemos que a grande maioria dos alérgenos pertencem a algumas famílias e dentro dessas famílias há as substâncias mais comuns:

a. Alimentos – leite, ovo, trigo, soja, peixe, amendoim, castanhas e crustáceos são os mais comuns desencadeadores de anafilaxia. Entretanto, frutas, gergelim e muitas outras fontes alimentares podem se comportar como alergenos.
b. Insetos: os venenos de abelha, vespa e formiga são reconhecidamente os mais comuns. Mas outros insetos podem, eventualmente, estar implicados.
c. Medicamentos: antibióticos como penicilinas e antiinflamatórios são as medicações mais conhecidas como alergênicas
d. Látex
e. Sêmen
f. Exercício físico – é uma causa física de anafilaxia. Às vezes, vem associado com alergia alimentar, especialmente trigo.

Além das substâncias que causam a reação, há situações que facilitam a mesma, como ingestão de bebidas alcoólicas, período pré-menstrual, estresse, viagens aéreas, etc. Isso às vezes dificulta o reconhecimento da reação. Pode ser, por exemplo, que várias dessas coisas estejam agindo simultaneamente. Imaginemos algo assim: a pessoa come um pãozinho junto com uma bebida alcoólica e depois faz algum tipo de atividade física. Isso pode dificultar a identificação, pois se ela comer o mesmo pãozinho, a mesma bebida e fizer a mesma atividade, mas separadamente, não terá nada.

E eu posso morrer logo da primeira vez que tiver uma anafilaxia?

Poder, pode. Mas não é comum isso acontecer. As reações de hipersensibilidade quase sempre vão aparecendo aos poucos. O problema é que as pessoas não valorizam seus sintomas. Então, a pessoa come hoje um camarão e sente uma coceirinha na língua; come a segunda vez e dá uma sensação meio estranha na garganta, além da coceira. Aí, na terceira vez pode ser que tenha uma super reação, com edema de glote, hipotensão e morte. E as pessoas dirão: “Nossa! Ele nunca teve isso antes!” Nunca? Não foi bem assim…
Então, o maior conselho que damos : VALORIZE SEUS SINTOMAS! Não pense que aquilo não é nada…

E lembre-se: o maior risco de ter anafilaxia é justamente quem já teve reações anteriores. E tais reações são imprevisíveis. Pode ser que você nunca tenha tido nada mais grave e venha a apresentar uma crise fatal da próxima vez. É IMPOSSÍVEL PREDIZER A GRAVIDADE DE UMA CRISE FUTURA.

Ok, eu me convenci que logo após a primeira reação alérgica, ainda que leve, eu preciso de ajuda. Como fazer?

O primeiro passo é um bom diagnóstico. Procure um alergista que indicará testes alérgicos e exames de sangue para confirmar a causa da anafilaxia. Nem sempre ela é obvia e existe, inclusive, o que chamamos de anafilaxia idiopática, ou seja, casos que ficam sem diagnóstico etiológico. Então, depois de um bom diagnóstico, seu alergista lhe ajudará a evitar tudo o que desencadear sua anafilaxia. Entretanto, nem sempre essas coisas são totalmente evitáveis. Frequentemente, além de evitar é imprescindível ter uma adrenalina autoinjetável, que é a medicação de escolha em casos de anafilaxia.

CARREGUE SEMPRE SUA ADRENALINA AUTOINJETÁVEL!

Não adianta deixar em casa, no carro, etc. Se for criança, tem de ir a escola com ela. Pois a anafilaxia pode matar em alguns minutos e pode não dar tempo de chegar ao pronto socorro. Por isso, aprenda a usar seu dispositivo. Faça simulações. Relembre no mínimo uma vez ao mês como usar. E tenha sempre duas canetas, pois caso os sintomas persistam, a segunda injeção pode ser utilizada após 5-10 minutos.

Após usar a adrenalina, vá ao hospital e comunique-se com seu alergista.

Fonte: www.anafilaxiabrasil.com.br, onde você encontrará mais informações sobre como adquirir adrenalina autoinjetável.

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