Bianca Kirschner
Na reta final para o término do ano, gostaria de compartilhar com vocês uma vivência recente.
Em 2019, ainda no Brasil, Lucas teve uma reação alérgica na escola com um cupcake que ele já havia comido outras vezes sem problemas. Posteriormente, soubemos que o fornecedor havia mudado a receita, acrescentando farinha de aveia, sem informar a escola e sem mudar a etiqueta do cupcake.
Desde então, desconfiados da aveia, passamos a evitá-la novamente. Novamente, pois ele sempre testou positivo tanto no primeiro teste quanto no exame sanguíneo de igE específica para aveia, porém ele tinha feito um teste de provocação oral para a mesma com sucesso.
Sem muitas explicações, talvez devido à rotina do dia a dia — e hábitos familiares —, com o tempo deixamos de oferecer aveia para ele com frequência.
Daí ele reagiu e passamos a evitá-la novamente.
Agora, vários anos depois, decidimos que queríamos testá-la novamente em ambiente seguro, pois alguns produtos que gostaríamos de consumir por aqui têm traços de aveia ou aveia na lista de ingredientes e isso tem limitado nossas opções.
Confesso que tinha meus receios sobre esse TPO. Confio no médico e na equipe e sei que o TPO seria feito com toda a segurança recomendada, mas ainda tenho o episódio da reação muito vivo na minha mente e todos os detalhes pós reações que nos deixaram com perguntas sem respostas.
Saímos do TPO sem reações, felizes e com uma nova opção de farinha para, por exemplo, os nossos bolinhos, mas principalmente saí refletindo sobre a grande importância do TPO. Estávamos restringindo um alimento que não era necessário.
As informações, o conhecimento e principalmente os bons médicos com suas equipes, como nutricionistas, são extremamente importantes nessa grande e longa jornada com alergias alimentares.