Bianca Kirschner
Toda vez que programo sair de casa sozinha, com meu esposo, amigas, filho mais velho ou familiar, me sinto responsável por ter certeza de que tudo está planejado. O filho que ficar sozinho em casa sob a supervisão de outra pessoa estará o mais confortável possível.
Sentimento de mãe, tenho a sensação que não sou substituída somente por uma pessoa. Parece feio dizer, parece que me sinto mais importante, mas a responsabilidade que você tem sobre um filho já é grande e sobre uma criança com restrições alimentares, parece ainda maior. Pois a alimentação só perde em termos de importância fisiológicas para o ato de respirar e tomar água. Em condições normais, comemos pelo menos 3 grandes refeições por dia.
Então, como sair e deixar o filho alérgico com outra pessoa?
Eu tive e ainda tenho dificuldades em fazer isso. Por isso que falo que preciso de uma tribo para tomar conta do Lucas. Não consigo decidir que irei sair de casa uns minutinhos sem um grande planejamento em relação a lanche e por onde andam os remédios. E se o telefone estiver descarregado, acho que nem saio de casa sem o Lucas!
Eu conto com a ajuda do meu esposo, familiares, alguns amigos e ajudantes em casa. Eu conto com a empatia dessas pessoas que compreendem a seriedade das alergias alimentares dele. São pessoas amigas e compreensivas, dispostas a recriar a minha rotina com o Lucas para que eu possa ter uma rotina sem ele, em alguns momentos somente para mim, em outros para meu esposo e também para o irmão do Lucas que não possui alergias alimentares.
Vocês também se sentem assim? Quem faz parte da tribo de vocês?
Bianca Kirschner,
Consultora de Viagens com Alergias Alimentares
Mãe de Lucas e Felipe,
é criadora e diretora
da plataforma Conexão Alimentar