A importância dos testes de provocação

Por Dra. Helena Velasco

O Diagnóstico de Alergia Alimentar pode ser extremamente complicado. Os exames laboratoriais (igEs específicas) ou os testes na pele (prick test e prick to prick) auxiliam muito nas alergias IgE mediadas ou imediatas, mas mesmo nesses quadros eles não são confirmatórios quando são negativos.

A única maneira de comprovar uma alergia alimentar é através dos testes de provocação. Eles são os exames padrão-ouro (com menor probabilidade de erro) para o diagnóstico das alergias alimentares.

São realizados em ambiente hospitalar e consistem na oferta progressiva por via oral do alimento em intervalos regulares, sob supervisão médica, para monitoramento e tratamento imediato de possíveis reações clínicas.

Esses testes podem ser realizados tanto em pacientes com reações imediatas quanto tardias. Nas reações tardias eles são mais difíceis de interpretar e requerem auxílio dos pais, uma vez que após a exposição no hospital e o período de acompanhamento, o paciente pode ir para casa e observar se ocorrerá alguma manifestação.

É importante ressaltar que as alergias alimentares costumam ser consistentes nas suas manifestações. Quando a criança apresenta vômito/diarréia, ela vai apresentar esses mesmos sintomas sempre que em contato com o alimento.

De certa maneira, quando seu médico tenta suspender e reintroduzir algum alimento no seu filho ele também está realizando um teste de provocação.

A confirmação ou exclusão do diagnóstico de alergia alimentar é muito importante para o adequado tratamento das crianças com AA. Devemos sempre evitar a exclusão desnecessária de alimentos. Se você tem dúvidas em relação a alergias alimentares, procure um alergista para lhe orientar.

 


Dra. Helena Velasco é gaúcha, formada em medicina pela ULBRA em 2009. Fez residência em pediatria no Hospital da Criança Santo Antônio e pós mestrado na UFCSPA sobre oligoelementos na asma aguda e residência de alergia e imunologia na Unifesp em São Paulo. Atualmente, é doutoranda do programa de pediatria da UNIFESP estudando erros inatos da imunidade.

Em 2017, passou 4 meses em Londres no Great Ormond Street Hospital acompanhando o serviço de imunologia e transplante. Voltou para Porto Alegre em 2018, onde atende no consultório e faz avaliação de pacientes no Hospital da Criança Santo Antônio e no Hospital Moinhos de Vento.

É membro do comitê de imunodeficiências da ASBAI.

Insta: @drahelenafleckvelasco

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